Conceito de corrupção II

Conceito de corrupção II

Artigo: Brasil quebrado em pedaço
Por Martha Ferreira (*)
30 de June de 2009
A palavra corrupção deriva do latim corruptus que significa quebrado em pedaços, apodrecido, putrefato.

       Numa definição ampla, corrupção política significa o “uso ilegal por parte de governantes, funcionários públicos e agentes privados, do poder político e financeiro, com o objetivo de transferir renda pública ou privada, de maneira criminosa, para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos, ligados por quaisquer laços de interesse comum”.
          Existem pessoas que não reconhecem e desrespeitam as leis para obter benefício pessoal. Essas pessoas são conhecidas sob o nome comum de criminosos. No crime de corrupção política os criminosos, ao invés de assassinatos ou roubos, utilizam posições de poder para realizar atos ilegais contra a sociedade como um todo.
          A corrupção trai a justiça e a ética social; compromete o funcionamento do Estado; decepciona e afasta o povo da participação política, levando-o à revolta e ao descrédito generalizado, não somente pelos políticos, mas também pelas instituições públicas.
          E, no Brasil, ela já está generalizada, quase endêmica, presente em todos os níveis das atividades política e econômica, sendo agravada pela falta de punição. Em outros países do mundo, a punição é severa e eficiente e, então, as pessoas ficam com muito mais receio de aplicar golpes e burlar as leis, sabendo que irão para a cadeia.
          Desde 1995, a Transparência Internacional publica um índice de percepção da corrupção, classificando 180 países segundo a análise de um grupo internacional de empresários e especialistas. O índice vai de dez para um Estado considerado limpo a zero para um Estado corrupto. O Brasil tem caído de posição, sistematicamente, e em 2008 sua nota foi 3,5 ficando com o 80ª lugar, atrás de países pobres como Botsuana, Butão e Gana, e empatado com Burkina Faso, Tailândia e Marrocos.
          Um estudo do Banco Mundial concluiu que, se a corrupção no Brasil atingir um nível extremo, como na Somália, a renda per capita brasileira ficará 75% menor. Mas, se alcançarmos o nível de honestidade da Dinamarca, a renda ficará quatro vezes maior.
          A sociedade clama por justiça. A impunidade tornou-se aliada das empresas, autoridades, maus funcionários públicos e grupos hegemônicos dominantes. Há quem diga que um terço do que se gasta nos Governos, se esvai pelos ralos da corrupção. É uma fortuna que se perde, a cada ano, impedindo o desenvolvimento e crescimento econômico do país.
          A corrupção enfraquece a democracia e aumenta as desigualdades sociais, violência e miséria. Para mudar este quadro, é preciso que cada um de nós: atue de forma correta; alerte para os males da corrupção; cobre do político o seu verdadeiro objetivo; escolha pessoas dignas de exercer mandatos; denuncie toda improbidade que chegar ao nosso conhecimento; exija que o Estado invista maciçamente em educação.
          O cidadão brasileiro precisa se transformar num implacável agente de mudança pelo fim deste Brasil quebrado em pedaços, apodrecido, putrefato.
(*) Economista e consultora. Site: www.marthaferreira.com.br. O artigo foi publicado originalmente no último dia 26, no jornal capixaba A Gazeta.
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