Radialista acusa Perillo de fazer caixa dois e de mentir à CPI.

O ex-tesoureiro de campanha e a ex-chefe de gabinete do governador não prestam depoimento
BRASÍLIA – O radialista Luiz Carlos Bordoni, único dos depoentes desta quarta-feira que se propôs a falar na CPI do Cachoeira, acusou o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de ter mentido quando prestou depoimento na comissão. Bordoni afirmou que o governador utilizou dinheiro de caixa dois para pagar por seu trabalho na campanha de 2010. Munido de documentos, contestou a versão de Marconi de que teria sido pago por meio de uma nota fiscal de uma empresa de comunicação no valor de R$ 33.300. Ele disse que o acerto verbal para a campanha foi de R$ 120 mil, mais R$ 50 mil em caso de vitória e confirmou que recebeu, na conta de sua filha, dois pagamentos, que totalizaram R$ 90 mil, de duas empresas ligadas ao esquema de Carlinhos Cachoeira.
Fui abduzido, inclusive encontrei com todas as pessoas que passaram informações para o senhor.Um fato inusitado fez subir ainda mais a temperatura na CPI do Cachoeira. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que tentava mostrar que o jornalista não devia ser levado a sério, disse que, numa entrevista, ele afirmou que havia sido abduzido por um disco voador. Antes que o senador completasse a fala, Bordoni respondeu:
Assessores e parlamentares que assistiam ao depoimento caíram na gargalhada, para constrangimento do senador. Tentando retomar a seriedade, Álvaro Dias afirmou que a informação estava em um blog de Goiás. Mas Bordoni não capitulou e disse que o autor da informação era afilhado do governador Marconi Perillo.
– Repudio esta tentativa de fazer graça na CPI – protestou Álvaro Dias.
– Devo acreditar tanto no fato de ele ter sido abduzido por um extraterrestre quanto nas afirmações de que ele fez – declarou o senador, que depois disse que a afirmação sobre a abdução teria ocorrido durante uma entrevista ao programa Espaço Espírita, na TV Cultura de Goiás, e citou o nome da jornalista que teria entrevistado Bordoni. Mas o jornalista voltou a negar.
– Nunca fui entrevistado por essa mulher.
Mais tarde, depois do protesto de alguns parlamentares, que criticaram a atitude do depoente e até mesmo de senadores e deputados que estariam se excedendo, Álvaro Dias e Bordoni pediram desculpas.
Bordoni também tirou do sério o já explosivo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e a bancada do PSDB quando disse que alguns parlamentares não estão interessados em apurar as denúncias. Sampaio, depois de mais de 30 minutos de apresentação, declarou que o depoente estava fazendo ilações sobre o governo do aliado.
O presidente da CPI, Vital do Rego (PMDB-PB), deixou o radialista falar e, virando-se para Sampaio, disse que a verdade doí.
– Não admito que fale de mim. Não concebo que V. Excia fale sobre mim – disse, aos gritos, acorrido por outros tucanos, como o senador Mario do Couto (PSDB-PA), conhecido por falar aos berros e acusar todo mundo de corrupto e nem é membro da CPI mas disse, desde o início, que ficaria até o final para falar.
Bordoni começou seu depoimento dizendo que ao homem público não basta ser honesto, mas deve parecer honesto. Ele lembrou que atua nas campanhas políticas de Marconi desde 1998, quando este se candidatou pela primeira vez ao governo de Goiás, e lembrou que foi processado e condenado por defender o governador.
O radialista também refutou as afirmações da namorada de Cachoeira, Andressa, de que estaria tentando extorqui-lo e, por isso, teria recebido os R$ 45 mil da Alberto & Pantoja.
– Quem sou eu para achacar o rei do achaque? E, como Cachoeira gosta de filmar todo mundo, não teria, então, alguma filmagem comigo?
Jornalista teria pendências com a Justiça
Bordoni deu o número da conta da filha porque, segundo confessou, teria pendências com a Justiça e se os depósitos ocorressem em sua própria conta, seriam confiscados. Um dos depósitos, de R$ 45 mil, teve como titular a empresa Alberto e Pantoja. O outro, de igual valor, foi da Adecio e Rafael Construção e Terraplanagem.
– Os R$90 mil restantes são a causa de dois depósitos feitos: um, em 14 de abril, pela Alberto e Pantoja. (…) Bem, como o número da conta da minha filha foi parar lá, o Sr. Gouthier (Lúcio Fiúza) pode explicar. Podia ter explicado aqui ontem (anteontem). Preferiu ficar em silêncio, pois o número foi passado a ele, o homem de estreita confiança do governador Marconi Perillo. Só a ele e a mais ninguém. Por pedir esses esclarecimentos, de repente eu deixei de ser o cara, o bom, o talento, o pé quente, para ser figura controversa, como ele disse aqui. Mentiroso, irresponsável, desequilibrado menta – disse Bordoni.
Os tucanos questionaram repetidas vezes se o radialista havia pago Imposto de Renda sobre as transações. Ele declarou que sim, mas os pagamentos foram feitos neste ano, depois que o escândalo ganhou as manchetes de jornais. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que pediria a abertura de um inquérito para apurar crime tributário, mas o relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), observou que uma súmula vinculante do Superior Tribunal Federal (STF) determina que não constitui crime se o devedor pagar os impostos antes que virem processo.
De acordo com o radialista, em 2010 ele fez um acerto verbal com Marconi para produzir seu programa de rádio: R$ 120 mil, mais R$ 50 mil se o candidato vencesse o pleito. Bordoni disse que recebeu R$ 40 mil das mãos do tucano, em um envelope que estava dentro de um frigobar; depois, mais R$ 30 mil da própria campanha e outros R$ 10 mil em dinheiro. O radialista, porém, disse que não tinha nenhum contrato assinado com Marconi e não tinha como provar que recebeu o dinheiro. Ele afirmou que os primeiros R$ 40 mil foram gastos por ele para pagar contas e não foram depositados em conta corrente.
Outras duas testemunhas não prestaram depoimento
Outras duas testemunhas estavam marcadas para depor hoje. Jayme Eduardo Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e ex-tesoureiro da campanha Perillo, pediu que seu depoimento fosse adiado. Ele alegou problemas de saúde como já havia feito na primeira convocação, no dia 29 de maio. A deputada Iris Araújo (PMDB-GO) criticou a resistência do ex-tesoureiro e afirmou que ele teria condições de comparecer à reunião.
– Gostaria de dizer que ele está trabalhando normalmente lá no estado de Goiás – protestou.
Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, suspeita de repassar informações sobre operações policiais à quadrilha de Cachoeira, ficou calada. Ela obteve habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que garante o direito dela de não falar.
No inicio da sessão os parlamentares discutiram sobre ameaças que juristas envolvidos no processo de Cachoeira vêm sofrendo. Segundo o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), as ameaças começaram quando das primeiras concessões de habeas corpus para integrantes da quadrilha.
Na terça-feira, a CPI ouviu o arquiteto Alexandre Milhomen, que disse que a mulher de Cachoeira deve ter gastado em torno de R$ 500 mil na decoração da casa vendida pelo governador e onde o contraventor foi preso em fevereiro.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/radialista-acusa-perillo-de-fazer-caixa-dois-de-mentir-cpi-5328261#ixzz214x45ZSJ

PSDB NUNCA MAIS!!!
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CPI de Cachoeira tem discussão durante depoimento de jornalista.

CPI de Cachoeira tem discussão durante depoimento de jornalista.

28/06/2012 09h18 – Atualizado em 28/06/2012 09h18

O DEPOIMENTO DO JORNALISTA LUIZ CARLOS BORDONI TIROU ALGUNS PARLAMENTARES DO SÉRIO. ELE DISSE QUE, POR UM TRABALHO PARA O GOVERNADOR MARCONI PERILLO, RECEBEU CHEQUES DE EMPRESAS DE FACHADA, COMANDADAS POR CACHOEIRA.

Na quarta-feira (27), teve mais um bate-boca na CPI que investiga o bicheiroCarlinhos Cachoeira. Muita discussão e nada de provas.
O depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni irritou muito, tirou alguns parlamentares do sério. Ele disse que, por um trabalho para o governador Marconi Perillo, recebeu cheques de empresas de fachada, comandadas por Cachoeira. E autorizou a quebra dos sigilos dele e da filha.
Foram seis horas sem se levantar. O jornalista que trabalhou nas campanhas de Marconi Perillo, acusou o governador de Goiás de ter feito o pagamento com dinheiro de caixa dois. Mas não apresentou provas.
“Esperava ter sido pago com dinheiro limpo. Não com dinheiro da contravenção, produto de caixa dois”, disse.
Parte do dinheiro teria vindo de duas empresas de fachada do grupo de Cachoeira. O PSDB, partido do governador, reagiu, tentou desqualificar o depoimento.
“Há aqui a notícia de que o senhor deu entrevistas afirmando que foi abduzido por um extraterrestre e que visitou outros planetas. O senhor confirma isso?”, questionou o senador Álvaro Dias (PSDB/PR).
“Inclusive encontrei com todas pessoas que passaram essa informação para o senhor. Estavam todas bem instaladas, felizes, alegres, satisfeitíssimas da vida”, respondeu o jornalista.
Era só o começo. Assim que Bordoni afirmou que o bicheiro estava infiltrado no governo de Goiás, começou um bate-boca.
“Testemunha tem obrigação de se ater ao fato. Está fazendo ilações das mais variadas ordens”, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP).
“Não vou admitir, de forma alguma, que se faça qualquer ilação de meu nome com contraventor”, declarou Bordoni.
O jornalista admitiu não ter declarado a maior parte do que recebeu para trabalhar na campanha de Perillo. O PSDB atacou de novo:
“Por que não devolveu o dinheiro? Que caráter tem esse jornalista? Que moral?”, questionou o senador Márcio Couto (PSDB/PA).
No final a conclusão do relator: “Nós temos aqui alguém que recebeu em caixa dois dinheiro da organização criminosa para pagar campanha eleitoral. É uma questão grave”, declarou o deputado Odair Cunha (PT/MG).
“O relator age com parcialidade. O importante é que Bordoni não consegue fazer comprovação de recursos que tenha recebido do governador Marconi Perillo”, apontou o deputado Bruno Araújo (PSDB/PE).
Agora a CPI está preocupada com a segurança dos que investigam a quadrilha de Cachoeira. Quer detalhes sobre as ameaças feitas, inclusive à deputada Iris de Araújo, de Goiás. E não descarta pedir reforço na segurança dela. Já o bicheiro Cachoeira teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça.
Em nota, o governador Marconi Perillo disse que as acusações de Luiz Carlos Bordoni são falsas, levianas e fantasiosas. E que já prestou todos os esclarecimentos sobre o caso à CPI.
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Álvaro Dias e o preconceito do PSDB contra o Bolsa Família e contra os pobres.

Em entrevista ao programa Roda Viva, o senador Álvaro Dias, o líder do PSDB no senado, revelou o verdadeiro pensamento tucano sobre o programa Bolsa-Família. – Uma adaptação do blog Os Amigos do Brasil

 

O Bolsa Família não tira ninguém da miséria. Mantém na miséria, porque estimula a preguiça, inclusive… Há gente que não quer trabalhar porque não quer ter carteira assinada para não perder o Bolsa Família”.
Marília Gabriela, cujo patrão no Roda Viva é o governo tucano do Estado de São Paulo, entrou em pânico com a mancada, e soou o gongo antes da hora, impedindo o tucano de divagar mais suas idéias preconceituosas de tucanos que não gostam de pobres. Se deixasse o senador falar mais um pouco acabaria chamando o programa de “bolsa-esmola” e usando a palavra “vagabundo” para os beneficiários.

Repare como Reinaldo Azevedo (da Veja) até abaixa a cabeça, desolado. Deve ter pensado: “Agora a máscara caiu!”

O melhor é a cara do paulo Moreira leite como quem diz: “Que sujeito imbecil”.

Como pode um senador da república ter a cara-de-pau de chamar de preguiçoso uma pessoa do bolsa-família que recebe algo entre R$ 32,00 e R$ 70,00 per-capta.

O discurso do senador (e de muitas outras pessoas que conheço), embute preconceito e má vontade com os muito pobres, além de desmonstrar desconhecimento da realidade, má informação ou má intenção mesmo!
É confortável para os não tão pobres imaginar que o beneficiário do programa social vai acabar se acomodando. Isso não passa de um elitismo “limpinho”.
Se mesmo quem já tem muito quer sempre mais, não é um tantinho de dinheiro vindo do governo que vai fazer o pobre se conformar com a condição.
Mães e pais querem os filhos progredindo. Vale para ricos e pobres. Mais que isso, eu que sou professor e convivo com centenas deles, sei que os jovens desejam muito eles próprios “subir na vida”.
Diversas pesquisas do IPEA demonstram que o Programa Bolsa Família não desestimula nem a busca por emprego e nem a ascensão social, até o Banco Mundial vê o Bolsa Família como exemplo de política social a ser seguido.
Mas é uma revista de circulação semanal (Istoé) que trás uma reportagem para acabar de vez com os argumentos contra o programa social – o levantamento realizado pela revista, indica que o avanço do emprego formal se deu com mais intensidade e rapidez exatamente nos municípios onde a população é amplamente atendida pelo benefício – Leia matéria completa em Bolsa Emprego.

A nível mundial, um bom exemplo a ser divulgado é o da Alemanha, lá tem uma versão do bolsa família desde 1961, e que transfere no mínimo 347 euros –http://tivibrasil.wordpress.com/2009/01/06/bolsa-familia-na-alemanha/ – por isso a Alemanha é hoje um país sem pobreza

Fonte: http://www.andrenogaroto.com.br/visualizar-post.php?id=578

PSDB NUNCA MAIS!!!
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Gilmar Mendes, após ataque ainda sorri em deboche.

Ministros do STF discutem durante sessão do tribunal

22/04/09 – 19h38 – Atualizado em 22/04/09 – 21h48

Joaquim Barbosa disse que Gilmar Mendes ‘está destruindo a Justiça’.
Presidente do STF rebateu o colega e encerrou sessão logo depois.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Medes, presidente da corte, e Joaquim Barbosa tiveram uma discussão durante a sessão plenária desta quarta-feira (22), já no final da tarde.
O tribunal julgava um recurso do governo do Paraná sobre a constitucionalidade de uma lei que incluía os funcionários privados dos cartórios do Paraná no sistema de previdência estadual. Barbosa pediu detalhes sobre o processo, mas Gilmar Mendes retrucou dizendo que o ministro havia faltado à sessão que deliberou sobre o assunto.
A discussão começou quando o presidente do STF disse que Joaquim Barbosa não tinha condições de dar lição de moral a ninguém e que “julga por classe”.
Barbosa respondeu: “Vossa excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua ministro Gilmar”.
“Eu estou na rua”, disse Mendes.
“Vossa excelência não está na rua não. Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso”, disse Barbosa. “Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. O senhor respeite”, acrescentou.
Mendes respondeu: “Vossa excelência me respeite. Eu te respeito”.
Logo depois da áspera discussão, a sessão desta quarta foi encerrada.
O bate-boca começou durante a análise de embargos (recursos) protocolados contra duas leis julgadas inconstitucionais pelo Supremo. Uma das ações, a que gerou a discussão, se referia a uma lei estadual de 1999 que criou o Sistema de Seguridade Funcional do Estado do Paraná.
A legislação foi considerada inconstitucional pelo STF em agosto de 2006, mas o recurso questionava se a mesma seria invalida desde sua criação ou somente a partir da decisão.
Outro embargo tratava do foro privilegiado. Em 2005, o Supremo considerou inconstitucional uma lei de 2002 que definia que processos contra autoridades com foro permaneceriam na Corte mesmo se o réu deixasse de ter cargo político.
Desde o final da sessão plenária, os ministros estão reunidos para tratarem do episódio desta tarde. Joaquim Barbosa foi embora do STF após a confusão e a assessoria de Mendes ainda não se pronunciou sobre o assunto.
PSDB NUNCA MAIS!!!
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História de Gilmar Mendes.

A História de Gilmar Mendes

Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política.
O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição.

Gilmar Mendes que, em menos de 24 horas, deu dois habeas corpus para soltar o banqueiro mafioso, Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha da Polícia Federal.
Fonte: http://www.horadopovo.com.br/2012/06jun/3061-01-06-2012/P3/pag3a.htm

SÓCIO ACUSA GILMAR DE DESVIO E SONEGAÇÃO

STF (HC 95009)  Gilmar Mendes x Fausto de Sanctis, Polícia Federal, Abin, MP etc

Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.

Considerado um dos gigantes das áreas agroindustrial, de infra-estrutura e de energia, o Bertin acabou levado para Diamantino depois de instalado um poderoso lobby político capitaneado por Mendes, então vice-presidente do STF, com o apoio do governador Blairo Maggi, a quem coube a palavra final sobre a escolha do local para a construção do complexo formado por um abatedouro, uma usina de biodiesel e um curtume. O investimento previsto é de 230 milhões de reais e a perspectiva de criação de empregos chega a 3,6 mil vagas. Um golpe de mestre, calcularam os Mendes, para ajudar a eleger o vereador Juviano Lincoln, do PPS, candidato apoiado por Chico Mendes à sucessão municipal.
No evento de assinatura do protocolo de intenções, Gilmar Mendes era só sorrisos ao lado do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a quem levou a Diamantino para prestigiar a gestão de Chico Mendes, uma demonstração de poder recorrente desde a primeira campanha do irmão, em 2000. Durante a cerimônia, empolgado com a presença do ministro e de dois diretores do Bertin, Blairo Maggi conseguiu, em uma só declaração, carimbar o ministro Mendes como lobista e desrespeitar toda a classe política mato-grossense. Assim falou Maggi: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”. Presente no evento estava o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), então deputado estadual. “O constrangimento foi geral”, lembra Capistrano.

Gilmar Mendes é aquele em que Ricardo Noblat praticou um ato falho!
Duas vezes? Coincidência, fazer o quê? Acontece!
Como fala sua excelência!
Ainda na festa, animado com a atitude de Maggi, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) aproveitou para sacramentar a ação do presidente do STF. “O ministro Gilmar Mendes tem usado o seu prestígio para beneficiar Mato Grosso, apesar de não ser nem do Executivo nem do Legislativo”, esclareceu, definitivo. Ninguém, no entanto, explicou ao público e aos eleitores as circunstâncias da empresa que tão alegremente os Mendes haviam conseguido levar a Diamantino.
O Grupo Bertin, merecedor de tanta dedicação do presidente do STF, foi condenado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro de 2007, logo, dois meses depois da assinatura do protocolo, por formação de cartel com outros quatro frigoríficos. Em 2005, as empresas Bertin, Mataboi, Franco Fabril e Minerva foram acusadas pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça de combinar os preços da comercialização de gado bovino no País. Foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 5% do faturamento bruto, algo em torno de 10 milhões de reais. No momento em que Gilmar Mendes e Blairo Maggi decidiram turbinar a campanha eleitoral de Diamantino com o anúncio da construção do complexo agroindustrial, o processo do Bertin estava na fase final.
Ainda assim, quando a campanha eleitoral de Diamantino começou, em agosto passado, o empenho do ministro Mendes para levar o Bertin passou a figurar como ladainha na campanha do candidato da família, Juviano Lincoln. Em uma das peças de rádio, o empresário Eraí Maggi, primo do governador, ao compartilhar com Chico Mendes a satisfação pela vinda do abatedouro, manda ver: “Tenho falado pro Gilmar, seu irmão, sobre isso”. Em uma das fazendas de soja de Eraí Maggi, o Ministério do Trabalho libertou, neste ano, 41 pessoas mantidas em regime de escravidão.
Tanto esforço mostrou-se em vão eleitoralmente. Em outubro passado, fustigado por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, o prefeito Chico Mendes foi derrotado pelo notário Erival Capistrano, cuja única experiência política, até hoje, foi a de deputado estadual pelo PDT, por 120 dias, quando assumiu o cargo após ter sido eleito como suplente. “Foi a vitória do tostão contra o milhão”, repete, como um mantra, Capistrano, a fim de ilustrar a maneira heróica como derrotou, por escassos 418 votos de diferença, o poder dos Mendes em Diamantino. De fato, não foi pouca coisa.
Em Diamantino, a família Mendes se estabeleceu como dinastia política a partir do golpe de 1964, sobretudo nos anos 1970, época em que os militares definiram a região, estrategicamente, como porta de entrada para a Amazônia. O patriarca, Francisco Ferreira Mendes, passou a alternar mandatos na prefeitura com João Batista Almeida, sempre pela Arena, partido de sustentação da ditadura. Esse ciclo foi interrompido apenas em 1982, quando o advogado Darcy Capistrano, irmão de Erival, foi eleito, aos 24 anos, e manteve-se no cargo por dois mandatos, até 1988. A dobradinha Mendes-Batista Almeida só voltaria a funcionar em 1995, bem ao estilo dinástico da elite rural nacional, com a eleição, primeiro, de João Batista Almeida Filho. Depois, em 2000, de Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes.
Gilmar nasceu em Diamantino em 30 de dezembro de 1955. O lugar já vivia tempos de franca decadência. Outrora favorecida pelo comércio de diamantes, ouro e borracha por mais de dois séculos, a cidade natal do atual presidente do STF se transformou, a partir de meados do século XX, num município de economia errática, pobre e sem atrativos turísticos, dependente de favores dos governos federal e estadual. Esse ambiente de desolação social, cultural e, sobretudo, política favoreceu o crescimento de uma casta coronelista menor, se comparada aos grandes chefes políticos do Nordeste ou à aristocracia paulista do café, mas ciosa dos mesmos métodos de dominação.
Politica MT

27/07/2012 | 19h51m

Gilmar Mendes é citado em esquema para caixa 2 de campanha política

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o mato-grossense Gilmar Mendes, seria um dos mais novos denunciados de beneficiados do Caixa 2 do esquema “Valérioduto”, orquestrado pelo publicitário Marcos Valério de Souza durante campanha de reeleição do governador Eduardo Azeredo, em 1998. A denúncia foi veiculada pela revista Carta Capital, na edição desta sexta-feira (27).

Segundo a edição, o esquema inclusive foi registrado em cartório e a lista com todos os beneficiários obtida pela reportagem foi entregue à Polícia Federal pelo advogado Dino Miraglia. Consta ainda na lista alguns órgãos da imprensa, entre os mais destacados está o grupo Abril, destinatário de mais de R$ 49 mil em apenas uma movimentação.

Além do ministro Gilmar Mendes, está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-senadores Artur Virgílio (PSDB-AM), Heráclito Fortes (DEM-PI),os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e José Agripino Maia (DEM-RN), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e os ex-governadores Joaquim Roriz (PMDB) e José Roberto Arruda (ex-DEM).

O advogado responsável por entregar a papelada à Polícia Federal é o mesmo que defende a modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada em 2000 e cuja morte, segundo Miraglia denunciou à Carta, também está relacionada ao esquema. A modelo teria sido morta em uma queima de arquivo e seria destinatária de quase R$ 2 milhões.

Atualizada

Antes do presidente do STF, a figura pública mais famosa do lugar, com direito a busto de bronze na praça central da cidade, para onde os diamantinenses costumam ir para fugir do calor sufocante do lugar, era o almirante João Batista das Neves. Ele foi assassinado durante a Revolta da Chibata, em 1910, por marinheiros revoltosos, motivados pelos maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca da Marinha, entre eles, o memorável cidadão diamantinense.
Na primeira campanha eleitoral de Chico Mendes, em 2000, o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, conseguiu levar ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para Diamantino, a fim de dar fôlego à campanha do irmão. Um deles, Eliseu Padilha, ministro dos Transportes, voltou à cidade, em agosto de 2001, ao lado de Mendes, para iniciar as obras de um trecho da BR-364. Presente ao ato, prestigiado como sempre, estava o irmão Chico Mendes. No mesmo mês, um dos principais assessores de Padilha, Marco Antônio Tozzati, acusado de fazer parte de uma quadrilha de fraudadores que atuava dentro do Ministério dos Transportes, juntou-se a Gilmar Mendes para fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, a Uned.
O ministro Mendes, revelou CartaCapital na edição 516 (leia o post Gilmar: às favas a ética), é acionista de outra escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que obteve contratos sem licitação com órgãos públicos e empréstimos camaradas de agências de fomento. Não é de hoje, portanto, que o ensino, os negócios e a influência política misturam-se oportunamente na vida do presidente do Supremo.
No caso da Uned, o irmão-prefeito bem que deu uma mãozinha ao negócio do irmão. Em 1º de abril de 2002, Chico Mendes sancionou uma lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro recolhido pela Uned em diversos tributos, entre os quais o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e sobre alvarás, em descontos nas mensalidades de funcionários e “estudantes carentes”. Dessa forma, o prefeito, responsável constitucionalmente por incrementar o ensino infantil e fundamental, mostrou-se estranhamente interessado em colocar gente no ensino superior da faculdade do irmão-ministro do STF.
Em novembro de 2003, o jornalista Márcio Mendes, do jornal O Divisor, de Diamantino, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual de Mato Grosso, para obrigar o prefeito a demonstrar, publicamente, que funcionários e “estudantes carentes” foram beneficiados com a bolsa de estudos da Uned, baseada na renúncia fiscal – aliás, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – autorizada pela Câmara de Vereadores. Jamais obteve resposta. O processo nunca foi adiante, como, de praxe, a maioria das ações contra Chico Mendes. Atualmente, Gilmar Mendes está afastado da direção da Uned. É representado pela irmã, Maria Conceição Mendes França, integrante do conselho diretor e diretora-administrativa e financeira da instituição.
O futuro prefeito, Erival Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF. Segundo Capistrano, foram impetradas ao menos 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado. Em 2002, a Procuradoria do TCE mato-grossense detectou 38 irregularidades nas contas da prefeitura de Diamantino, entre elas a criação de 613 cargos de confiança. A cidade tem 19 mil habitantes. O Ministério Público descobriu, ainda, que Chico Mendes havia contratado quatro parentes, inclusive a mulher, Jaqueline Aparecida, para o cargo de secretária de Promoção Social, Esporte e Lazer.
No mesmo ano de 2002, o vereador Juviano Lincoln (ele mesmo, o candidato da família) fez aprovar uma lei municipal, sancionada por Chico Mendes, para dar o nome de “Ministro Gilmar Ferreira Mendes” à avenida do aeródromo de Diamantino. Dois cidadãos diamantinenses, o advogado Lauro Pinto de Sá Barreto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos, levaram o caso ao Senado Federal. À época, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não aceitou a denúncia. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a acusação contra a avenida Ministro Gilmar Mendes também não deu resultados e foi arquivada, no ano passado.
A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente.
Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes, sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade. A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia.
Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político.
Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais. A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski.
A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005. De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes.
Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.
CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro.
A reportagem da Carta também procurou o prefeito Chico Mendes. O chefe de gabinete, Nélson Barros, prometeu contatar o prefeito e, em seguida, viabilizar uma entrevista, o que não aconteceu.
Fonte: Carta Capital – 20.11.2008 – por Leandro Fortes – 21/11/2008
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Nelson Jobim nega pressão de Lula em julgamento do mensalão.

26/5/2012 às 18h59 – Atualizado em 26/5/2012 às 18h59

Brasília – O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira. Reportagem da revista “Veja” publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é “inconveniente” e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

 

“O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso”, reagiu Jobim, questionado pelo Estado. “O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão”, reiterou.

 

Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse “perplexo” com as “insinuações” do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.

 

Gilmar Mentes desmente Veja e deixa a oposição falando sozinha.
Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho, e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.
Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões “genéricas”, “institucionais”. E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou “Veja”. “Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos”, assegurou.
Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: “Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer”. Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: “Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito”.

Fonte: http://www.folhavitoria.com.br/politica/noticia/2012/05/jobim-nega-pressao-de-lula-em-julgamento-do-mensalao.html

PSDB NUNCA MAIS!!!
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Veja e Gilmar Mendes encontram aliados na velha mídia.

Veja e Gilmar Mendes encontram aliados na velha mídia, e ataque a Lula repercute no que antes era silêncio

Neste mês de maio prestes a morrer – de tédio, não – a Carta Capital publicou duas capas geniais sobre a relação entre a revista Veja e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, elemento desencadeador de uma CPI por sua influência sobre políticos de diversos Estados e partidos. Nenhuma daquelas capas obteve qualquer repercussão nos maiores jornais do país, com exceção de um editorial do jornal O Globo em defesa da Veja. As relações entre o repórter Policarpo Jr e Cachoeira, e a implicação da Veja e de seus diretores nessas relações, não se transformaram em pauta nos conglomerados de comunicação do país. Por outro lado, uma nova “denúncia” publicada nessa mesma Veja acusada de sustentáculo do império de Cachoeira, foi repercutida à exaustão nesse início de semana.
A acusação foi contra Lula, e a fonte é o ministro do Superior Tribunal Federal Gilmar Mendes, nomeado para o STF por Fernando Henrique Cardoso e o responsável pela concessão de liberdade a Daniel Dantas. Em 2008, o pedido de impeachment do ministro foi cogitado, mas acabou não prosperando. Um dos primeiros a sair em defesa de Gilmar Mendes, na época, foi Demóstenes Torres, senador do DEM e principal nome ligado a Carlinhos Cachoeira.
QuestãoAlgum momento o senhor se sentiu constrangido pressionado?
RespostaNão, eu me senti como eu disse perplexo…
Pois é esse Gilmar Mendes quem agora acusa o ex presidente Lula de tentar convencê-lo a adiar o julgamento do chamado “mensação” no STF. E a acusação é feita através da Veja, aquela mesma cujo repórter mantinha relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira. O encontro entre Mendes e Lula teria acontecido no escritório do ex ministro Nelson Jobim, que confirma o encontro mas, como Lula, nega o teor.
Os mesmos veículos que nada falaram sobre o duo Veja-Cachoeira e têm trabalhado para despolitizar a CPI (Zero Hora chegou a fazer uma matéria sobre “as musas dos escândalos”, tomando como gancho a esposa de Carlinhos Cachoeira) repercutem com exaustão a matéria da revista semanal, atacando Lula de todas as formas possíveis.
Zero Hora, que mantém inclusive uma parceria comercial com a Veja (a venda casada), e que nem uma linha publicou sobre as capas da Carta Capital ou a matéria de 15 minutos que a TV Record veiculou sobre Veja-Cachoeira, foi a primeira a estampar na capa de seu site a “denúncia”, ainda no sábado pela manhã, quando a Veja recém começava a circular. Nesta segunda, Zero Hora ainda entrevistou Gilmar Mendes, e estampou a manchete em seu site: “Lula afirmou que não era adequado julgar o Mensalão este ano, diz Gilmar Mendes”.
PSDB NUNCA MAIS!!!
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Psol protocola representação contra Gilmar Mendes.

(31/05/2012, às 09:15:47)
O PSOL protocolou nesta quarta (30) representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O partido questiona a conduta do ministro no episódio que envolve diálogo dele com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Na representação, o PSOL classifica a conduta do ministro Gilmar Mendes como “bastante questionável”. No documento protocolado na PGR, a sigla pede a investigação dos fatos e, se comprovada conduta indevida, que a procuradoria adote as medidas cabíveis, nos âmbitos administrativo, civil ou penal.
Na terça-feira (29), os partidos de oposição – DEM, PSDB e PPS – protocolaram representação criminal na PGR contra o ex-presidente Lula. O documento pede a instauração de inquérito policial para investigar a veracidade das denúncias feitas por Gilmar Mendes à revista Veja desta semana.
Não houve pedido específico do “presidente” em relação ao Mensalão.
No Senado, o servidor público do Distrito Federal, Cícero Batista Araújo Rôla, protocolou hoje na Presidência da Casa pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes. Filiado ao PT e à Central Única dos trabalhadores (CUT), Rôla disse à Agência Brasil que o magistrado precisa ser investigado. “Sou um cidadão indignado e não posso aceitar que, na mais alta Corte do país, um ministro esteja sob suspeição”, disse Araújo.
É a segunda vez que o servidor público protocola pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes. A primeira nem chegou a ser analisada pelos senadores porque foi arquivada pela Presidência do Senado. Na ocasião, Rôla questionava a conduta de Gilmar Mendes na concessão de habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
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Gilmar Mendes! Ministro do “Brasil”!

STF concede habeas corpus a Daniel Dantas e irmã.

POR CONGRESSO EM FOCO | 10/07/2008 00:08
CATEGORIA(S): NOTÍCIAS
Ignorando pedido do Ministério Público Federal, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, deferiu há pouco o pedido de habeas corpus (liberdade provisória) ao banqueiro Daniel Dantas e à irmã, Verônica. Eles foram presos na terça-feira (8) pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Satiagraha, sob a acusação de prática de crime financeiro.
A decisão de Gilmar Mendes teve como base a análise de dados enviados ao STF pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo sobre as ações de busca e apreensão executadas pela PF. Assim, Daniel Dantas ganha a liberdade pouco mais de 24 horas após sua prisão, e poucas horas depois de o próprio ministro ter anunciado o adiamento da decisão.
Ensejada depois da eclosão do escândalo do mensalão, a Satiagraha investiga, além de crime financeiro, o desvio de dinheiro público. Continuam presos o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, ambos acusados de encabeçar, junto com Daniel Dantas, um esquema de movimentações financeiras bilionárias.
Além de Celso Pitta e Naji Nahas, 14 pessoas ainda estão presas. A PF expediu ainda outros 24 mandatos de prisão, além de 56 ordens de busca e apreensão. (Fábio Góis)
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Erro de Gilmar Mendes segundo Ministério Público.

Para MP, STF errou e prisão de Dantas restaura ordem.

POR CONGRESSO EM FOCO | 10/07/2008 18:35
CATEGORIA(S): NOTÍCIAS
Em entrevista coletiva realizada há pouco, o  procurador da República Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), criticou o habeas corpus concedido ao banqueiro, na noite de ontem (9), pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. (leia mais)
“Esse habeas corpus impõe um foro privilegiado que não está na Constituição, porque ele não ouviu as instâncias inferiores, como a 3ª Vara Regional e o Superior Tribunal de Justiça”, afirmou.
Gilmar Mendes a mesma figura contrária a lei ficha limpa.
O procurador explicou que a nova prisão do banqueiro Daniel Dantas nesta tarde se deve à tentativa de subornar um delegado da Polícia Federal. De acordo com o Ministério Público paulista, Daniel Dantas tentou subornar um delegado federal que participava da Operação Satiagraha com US$ 1 milhão, para que ele tirasse alguns nomes do inquérito policial. (leia mais)
Segundo o MPF-SP, a nova prisão de Dantas ocorreu “para preservar a ordem pública, a ordem econômica e a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal”.
Rodrigo de Grandis destacou que, para a nova prisão de Dantas, foi utilizado o depoimento de um dos supostos emissários do banqueiro para subornar o delegado federal, Hugo Chicaroni, que já está preso.
O procurador também destacou que na operação de busca e apreensão na casa de Dantas foram encontrados documentos com a seguinte inscrição: “Clube dos amigos”. No documento, havia nomes de valores. Ele não revelou quais seriam esses nomes, nem os valores.
Segundo o procurador, o documento é intitulado “Contribuições ao Clube”, com anotações que comprovam a prática de propina pela organização criminosa. O pagamento de um milhão e quinhentos mil dólares ou reais (a polícia ainda não sabe a moeda) seria pago, segundo o documento, a título de “contribuição para que um dos companheiros não fosse indiciado criminalmente” no ano de 2004.
Rodrigo de Grandis acredita que as anotações referem-se à tentativa de suborno ao delegado Victor Hugo, que com autorização e acompanhamento judicial, chegou a receber parte do dinheiro como prova do crime cometido por Dantas. A quantia foi entregue ao delegado por um enviado do banqueiro, Hugo Chicaroni, também preso na operação Satiagaha.
O depoimento de Chicaroni, feito no dia da prisão em São Paulo, também foi usado pela procuradoria para pedir a recondução de Dantas à cela da PF. “Ele confirma que foi procurado pelo grupo Opportunity para conversar com o delegado Queiroz a respeito da investigação”, revela o procurador.À policia, o enviado de Dantas diz ter entregue R$ 50 mil “a título de primeiro encontro” ao delegado Victor Hugo, um dos responsáveis pela investigação.
Os dois fatos confirmam a tese de que a prática de corrupção é comum na organização criminosa liderada pelo banqueiro. No despacho que pediu a prisão, Rodrigo de Grandiz afirma que “o acusado lançou mão de práticas escusas para obstruir o exercício normal e eficaz da persecução criminal”.
Nos próximos dias, a procuradoria deve oferecer denúncia contra o dono do banco Opportunity: “Ainda não sabemos se será uma única denúncia englobando todos os crimes ou separadamente”, afirma De Grandis, que vai analisar toda a documentação apreendida e os depoimentos para tomar a decisão final.
Rodrigo de Grandis adiantou, sem precisar a data, que nos próximos dias vai oferecer denúncia contra Daniel Dantas. O procurador ressaltou que poderá oferecer duas denúncias, uma por corrupção ativa (tentativa de suborno) e outra por crimes contra a ordem financeira; ou apenas uma denúncia que englobará tudo. (Paulo Franco*)
* De São Paulo, especial para o Congresso em Foco
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